A primeira decepção não foi culpa da Lomo (nem minha!)

É, já aprendi que não dá para revelar as fotos em qualquer lugar. Eu e a Marina revelamos os primeiros dois ou três filmes no mesmo laboratório e deu tudo certo. Na semana passada, porém, eu achei que seria mais prático deixar as fotos para revelar num laboratório perto do meu trabalho. Eu estava certo: era mais prático. Mas em compensação, ficou uma porcaria.

Ainda tive o cuidado de perguntar para a mulher da loja se ela sabia o que era a câmera Fisheye e ela disse que “sim, claro.” Bom, ela podia até conhecer. Mas o scanner do laboratório certamente nunca ouviu falar nessa máquina.

Credits: rodrigoalmeida

Busquei as fotos cheio de empolgação (encomendei só os negativos e os arquivos num CD). Quando voltei para o trabalho, fui logo abrir o CD para ver o resultado e pela primeira vez tive uma decepção. Mas a Fisheye não teve a menor culpa. O ‘culpado’ foi o scanner do laboratório: além da péssima qualidade (em termos de definição das imagens), a maioria das fotos estava cortada! Pois é… Quase todas as fotos eram assim: metade de um círculo e metade preta.

Primeiro eu até pensei: “Ih, será que a máquina está com algum defeito, será que a lente saiu do lugar, sei lá?” (sim, eu não entendo nada de fotografia). Mas depois de alguns minutos eu me toquei: o problema aconteceu na hora deles escanearem as fotos.

Obviamente eu voltei à loja e pedi para a mulher abrir o CD com as fotos. Depois de vê-las, a primeira coisa que a cara-de-pau me falou foi: “Ah, mas o scanner não tem como saber exatamente o que é foto e o que não é!”. Pô, fala sério. Pedi maiores explicações e ela disse que o aparelho deles escaneia uma foto de cada vez e que não tinha como ter certeza de que uma segunda tentativa daria certo. Ainda pedi para ela tentar de novo, o que ela fez de má vontade e me entregou um resultado praticamente igual, dizendo que não tinha jeito. Como (vocês já sabem) eu não entendo nada disso, simplesmente me resignei.

Credits: rodrigoalmeida

Depois disso fui conversar com outros amigos que têm Lomo há mais tempo e todos me disseram que é para levar a sério a dica de não revelar em qualquer lugar. Beleza, aprendi a lição.

Um lado bacana de fotografar com Lomo é a incerteza sobre o resultado das fotos. Mas o laboratório não pode ter nada a ver com isso. Daqui para frente só vou ter essa sensação por causa das características da máquina ou da minha falta de características de bom fotógrafo.

written by rodrigoalmeida on 2010-11-16